Natal: sol, dunas, forró e camarão
Passeios clássicos, como o de bugue pelas dunas de Genipabu, a visita ao maior cajueiro do mundo e o mergulho nas piscinas naturais de Maracajaú, são obrigatórios para quem visita Natal. No entanto, as atrações que se tornaram símbolos da capital potiguar ficam, na verdade, em municípios vizinhos. O que muita gente não sabe é que a cidade de Natal, propriamente dita, também tem muito a oferecer: a badalada Praia de Ponta Negra (e as casas de forró na parte alta do bairro), a rica cultura local na Praia da Redinha, e a interessante gastronomia do bairro de Petrópolis são alguns exemplos.
Programação agitada
O título de “Cidade do Sol” não é por acaso: Natal registra, em média, 300 dias ensolarados por ano. Para não visitar a região justo nos outros 65 dias, nos quais costuma chover, evite o período entre abril e julho. Em março e de agosto a novembro, o tempo é bom e os preços das diárias nos hotéis são mais camaradas, assim como os dos passeios. Na época das festas juninas, que dura três fins de semana entre junho e julho, o Trem Potiguar do Forró – uma maria-fumaça onde os passageiros dançam ao som de sanfoneiros – faz o trajeto entre Natal, Ceará-Mirim e Extremoz. Na parada final, há shows, quadrilhas e degustação de cachaça. Em dezembro, o Carnaval leva trios elétricos e 300 mil foliões às ruas.
Encontre seu hotel ideal
A região que concentra a maior parte dos hotéis em Natal é a Ponta Negra, com opções que agradam diversos perfis de turistas. Para os jovens e mochileiros há hostels; casais podem ficar nas charmosas pousadas do bairro; e as famílias se divertem nas hospedagens próximas ao calçadão, que têm mais estrutura de lazer. A região conhecida como Via Costeira abriga os resorts à beira-mar, e é muito popular com casais em lua de mel e com os que buscam um hotel mais completo, com piscinas, restaurantes e diversidade de serviços. Há também boas acomodações mais distantes do burburinho, nas praias dos municípios vizinhos de Parmanirim, Nísia Floresta e São José do Minipu.
Comedor de camarão
O Rio Grande do Norte é o segundo maior produtor de camarão do país, perdendo apenas para o Ceará. Não é coincidência, portanto, que o termo “potiguar”, que designa os nascidos no estado, queira dizer “comedor de camarão” no idioma tupi. Alguns restaurantes servem a espécie pescada no litoral, mas a grande maioria da oferta vem de criações nas lagoas próximas à cidade. A diferença entre o selvagem e o de cativeiro não é fácil de perceber; no entanto, especialistas dizem que o do mar tem sabor mais acentuado. Em quase todos os restaurantes em Natal há pelo menos uma receita feita com camarão – em Ponta Negra é possível encontrar estabelecimentos gastronômicos inteiramente dedicados ao crustáceo. A culinária nordestina também está bem representada na cidade, com bons restaurantes servindo paçoca de pilão, carne de sol e outras delícias típicas do sertão. Não deixe de provar a Cartola, uma deliciosa combinação de banana, queijo-manteiga, açúcar e canela – alguns hotéis servem a sobremesa no café da manhã.
Junte-se aos locais
Para fugir do óbvio e conhecer os costumes dos moradores, vale a pena dedicar um tempo à exploração de endereços menos turísticos. Na região central, o bairro de Petrópolis apresenta uma gastronomia renovada, com restaurantes que prezam por ingredientes locais e conceitos modernos. Do outro lado da Ponte de Todos, que passa sobre o Rio Potengi e tem vista para o Forte dos Reis Magos, a Praia da Redinha é uma vila de pescadores que mantém as antigas tradições. Os que têm paladar curioso devem passar pelo Mercado Público, onde é vendida a Ginga com Tapioca, ou simplesmente “sanduíche”, como alguns preferem chamar. Na receita, os peixes desprezados pelos pescadores, por serem miúdos demais, são fritos em óleo de dendê e espetados em palitos de coqueiro para virarem recheio de tapioca.
Rendas e castanha-de-caju
Todo mundo que vai a Natal precisa trazer na mala pelo menos duas coisas: uma peça de renda e alguns pacotes de castanha-de-caju. Em todos os locais dedicados à venda de artesanato, a oferta desses produtos é grande, ao lado de objetos de decoração, cerâmicas e quitutes regionais. No bairro de Petrópolis, o Centro de Turismo ocupa um prédio de estilo neoclássico do final do século 19 e reúne lojas, centro de informações turísticas, restaurante e galeria de arte. Toda quinta-feira, às 22 horas, o Forró com Turista celebra a cultura do forró pé de serra, com muita música, repente e arte. Não sabe dançar? Não tem problema – sempre há dançarinos profissionais à disposição para ensinar. Em Ponta Negra, há dois endereços para compra de artesanato: o enorme Shopping do Artesanato Potiguar, com quase 200 lojas, e a Vilarte, pequeno centro de compras mais próximo à praia. Para ver de perto o cuidadoso trabalho das rendeiras, vale fazer uma visita à Associação das Labirinteiras de Campo de Santana, em Nísia Floresta. Alguns hotéis em Natal têm suas próprias lojas de artesanato.